Refém americano decapitado em vídeo atribuído a grupo de Al-Zarqawi

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Al-Zarqawi é responsabilizado por pelo menos três sequestros que terminaram na decapitação dos reféns EPA

O grupo islâmico radical ligado mostra um cidadão norte-americano natural de São Francisco que pede o fim da ocupação do Iraque, antes de ser decapitado pelos seus sequestradores. O norte-americano identificou-se como Benjamin Danforth, residente na Califórnia. Segundo a televisão Al-Arabiya, o refém foi morto "pela mão" do presumível líder da rede de Osama bin Laden no Iraque.

O vídeo, alegadamente da autoria do grupo islâmico radical de Abu Musab al-Zarqawi, mostrava as últimas palavras do refém: "Temos de deixar este país em paz. Devemos acabar com esta ocupação". Sentado numa cadeira, num quarto escuro, o homem está visivelmente nervoso durante os segundos em que é mostrado. "Temos de deixar este país. Se não o fizermos, todos serão mortos desta forma", disse ainda Benjamin Danforth, antes de ser decapitado.

No total de 55 segundos do vídeo intitulado "Abu Musab al-Zarqawi chacina um americano" não são visíveis quaisquer sequestradores, ao contrário do que aconteceu noutros filmes de execuções de estrangeiros. Também não se sabe quando ou onde terá sido raptado este refém. O refém diz, no vídeo, o seu nome e morada e a Reuters confirma a existência de uma página pessoal na Internet em seu nome, em que é apresentado como um homem de 22 anos com aspirações políticas e com prática no mundo musical.

Os militares norte-americanos e a embaixada dos Estados Unidos em Bagdad escusaram-se a fazer quaisquer comentários, alegando desconhecimento do vídeo.

Al-Zarqawi é um militante radical ligado à rede terrorista Al-Qaeda cujo grupo, "Tawhid e Jihad", reivindicou diversos ataques no Iraque, incluindo as decapitações do empresário norte-americano Nicholas Berg, do tradutor sul-coreano Kim Sun-il e do camionista búlgaro Georgi Lazov. Natural da Jordânia, o seu nome de nascença é Ahmed al-Kalaylah.