Grupo responsável pelo 11 de Março ameaça Itália

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Os atentados de Madrid levaram ao fim da presença de tropas de Espanha no Iraque EPA

O grupo, o primeiro a ser associado aos atentados de 11 de Março em Madrid, como assinala o "El Mundo" na sua edição online, avisa: "as nossas células em Roma e noutras cidades italianas estão dispostas a levar a cabo a sua missão se o governo italiano não retirar as suas tropas do Iraque antes de um prazo que acaba no dia 15 deste mês".

O comunicado, que está afixado numa página islamista e é assinado pelas Brigadas de Abu Hafs Al Masri, é mais um aviso para os países aliados que se encontram estacionados no Iraque, onde participaram na ofensiva liderada pelos EUA para depor Saddam Hussein.

Vários grupos terroristas têm recorrido ao sequestro de estrangeiros no Iraque ou às ameaças sobre alvos dos países envolvidos na coligação militar que se encontra no Iraque. Um desses momentos foi o 11 de Março de Madrid, em que 190 pessoas perderam a vida após atentados contra comboios na capital espanhola. Dias depois, as eleições ditaram a vitória dos socialistas de Jose Luis Zapatero, que ordenaram a retirada das tropas espanholas do Iraque.

Também as Filipinas, após o sequestro de um cidadão no Iraque, optaram por ceder às exigências dos terroristas e salvar a vida do seu compatriota com a garantia do abandono do Iraque, que começou a 16 de Julho.

Este grupo foi o primeiro a surgir a 11 de Março, após os atentados de Madrid, associado aos ataques. O jornal sediado em Londres "Al Quds Al Arabi" recebeu um comunicado da Al-Qaeda em que as Brigadas de Abu Hafs Al Masri assumiam o "ajuste de contas" com Espanha.

Abu Hafs Al Masri é apenas um dos muitos nomes que o terrorista utilizava. Também conhecido como Mohamed Atif ou Sobhi Al Sitta, Abu Hafs Al Masri (Abu Hafs El Egipcio), como assinala a agência espanhola EFE, foi um dos ajudantes de Ayman Zawahiri, tenente de Bin Laden. Participou nos atentados anti-americanos no Quénia e na Tanzânia e tornou-se sogro do filho de Osama bin Laden em 2001. Morreu em Novembro de 2001 na sequência da ofensiva americana sobre Cabul, no Afeganistão. As brigadas com o seu nome são o braço armado da Al Qaeda.

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