Sindicato diz que bactéria no Hospital de Santo Tirso também afectou trabalhadores
A sindicalista adiantou que os trabalhadores foram medicados e continuaram a laborar, mas Helena Pardo crítica o conselho de administração do Hospital por se ter recusado a esclarecer o sindicato sobre a situação e, por outro lado, por ter "pressionado" os funcionários a não denunciarem o que se estava a passar.
Na semana passada, três dos cinco doentes internados e infectados com a bactéria morreram e os restantes só hoje devem ficar curados, depois de sujeitos a um tratamento específico. A bactéria em causa, adiantou José Maria Dias, director clínico do hospital, é endémica nas unidades hospitalares, resistente a muitos antibióticos e pode ser mortal para pessoas com os sistemas imunitários mais fragilizados. Todavia, o Centro Regional de Saúde Pública do Norte esclareceu que só após os resultados dos inquéritos epidemiológicos em curso é que poderá ser determinada a origem do surto infeccioso.
José Maria Dias, explicou ao PÚBLICO que a comissão de infecção hospitalar decidiu fazer um rastreio aos 50 elementos que trabalham no serviço de Medicina e detectou seis enfermeiros e uma auxiliar da acção médica "colonizados". Ou seja, transportavam nas fossas nasais a bactéria (que só tem efeito em pessoas doentes), sendo a cura feita através da aplicação de um creme ao longo de cinco dias, o que não é impeditivo para os visados continuarem a exercer a sua profissão.
O director clínico garantiu que, em termos de higiene, o hospital "tem as condições mínimas e aceitáveis para poder funcionar". Já o conselho de administração refuta que tenha exercido qualquer ameaça sobre funcionários para que estes não falassem sobre o surto.