Presidente da câmara de Hiroshima denuncia "visão egocêntrica" que os EUA têm do mundo

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O ataque provocou a morte imediata a mais de 140 mil pessoas e deixou dezenas de milhar de feridos, desfigurados e afectados pelas radiações que lhes causaram ferimentos crónicos Kimio Ida/EPA

Na cerimónia anual comemorativa celebrada no Parque da Paz, diante de 40 mil pessoas, incluindo o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, sobreviventes e parentes das vítimas do bombardeamento, Akiba declarou que a "visão egocêntrica do mundo por parte da Administração norte-americana é excessiva".

"Ignorando as Nações Unidas (ONU) e a criação do direito internacional, os Estados Unidos retomaram a investigação de armas nucleares mais pequenas e mais fáceis de usar".

O "sino da paz" foi tocado hoje, à primeira hora da manhã, exactamente no momento em que o avião Enola Gay lançou a bomba atómica - apelidada de "Little Boy" - sobre a cidade e porto japonês de Hiroshima, no dia 6 de Agosto de 1945.

O ataque provocou a morte imediata a mais de 140 mil pessoas e deixou dezenas de milhar de feridos, desfigurados e afectados pelas radiações que lhes causaram ferimentos crónicos, o que posteriormente elevou a cifra de mortos a mais de 230 mil, numa cidade que tinha 350 mil habitantes.

Três dias depois, a 9 de Agosto, os Estados Unidos lançavam a segunda bomba atómica sobre a cidade de Nagasaki, no sudoeste do Japão, provocando 70 mil mortes, a rendição do país e o final da Segunda Guerra Mundial.

O sofrimento vivido nas cidades de Hiroshima e Nagasaki fez com que o Japão permanecesse fiel ao seu espírito pacifista e anti-nuclear nascido da sua terrível derrota. O artigo nono da sua Constituição renuncia à guerra como direito soberano da nação.

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