PS satisfeito com saída de Cardoso e Cunha da TAP, um "excedente" na companhia

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José Junqueiro lembra que o PS sempre criticou a decisão do actual Governo em eleger Cardoso e Cunha (à dir.) para a TAP Manuel de Almeida/Lusa

O PS está satisfeito com a demissão do presidente do conselho de administração da TAP, por considerar que Cardoso e Cunha sempre foi um "excedente" na empresa, adoptando um discurso negativo face à recuperação da companhia.

O Governo anunciou ao princípio da madrugada de hoje, em comunicado, a saída de Cardoso e Cunha do cargo de presidente do conselho de administração da TAP, justificando a cessação de funções "no quadro do processo de reestruturação em curso na empresa".

O porta-voz do PS para as questões dos transportes, José Junqueiro, disse hoje à Lusa que "Cardoso e Cunha foi sempre um excedente na TAP" e uma figura que "nunca foi parte da solução mas sempre fonte de problemas".

De acordo com o vice-presidente da bancada do PS, o Governo optou agora pela melhor decisão quando tinha entre mãos uma "crise insustentável na TAP", com a ameaça do administrador-delegado Fernando Pinto abandonar a empresa, depois do "trabalho de recuperação que fez na empresa" e que agradou a todos os profissionais da transportadora.

"Aqueles que em tempos criticaram o Governo do PS pela escolha de Fernando Pinto vêem agora o resultado de uma opção inteligente que salvou a TAP", disse José Junqueiro.

O deputado socialista lembra que o seu partido sempre criticou a decisão do actual Governo em eleger Cardoso e Cunha para a TAP e recorda que logo na sua primeira audição na Assembleia da República o presidente do conselho de administração da transportadora falou em substituição da frota e em despedimentos.

As declarações de Cardoso e Cunha no Parlamento foram próprias de quem "não conhecia a empresa", ao sugerir a troca da frota, apenas com seis anos, e uma das melhores da Europa, referiu.

José Junqueiro lembrou também que já este ano Cardoso e Cunha veio a público negar os lucros apresentados por Fernando Pinto, numa atitude que o deputado apelidou de "ciumeira inacreditável".

Cardoso e Cunha teve sempre um papel "desmotivador na recuperação da empresa e para os trabalhadores", concluiu.

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