Novo director nacional da PSP aberto ao diálogo com sindicatos

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Branquinho Lobo disse estar "consciente das dificuldades" que a PSP enfrenta Manuel de Almeida/Lusa

Numa cerimónia, onde estiveram presentes o primeiro-ministro, Santana Lopes, e os ministros de Estado, da Defesa Nacional e Assuntos do Mar, Paulo Portas, das Finanças e da Administração Pública, Bagão Félix, e dos Assuntos Parlamentares, Rui Gomes da Silva, Branquinho Lobo afirmou-se "um homem tolerante e dialogante, vocacionalmente um bom ouvidor de inquietações, de problemas e de dúvidas permanentes, sopesando, com a serenidade possível, os argumentos" que lhe são expostos.

Branquinho Lobo substitui no cargo o desembargador Mário Belo Morgado, que apresentou a sua demissão na semana passada por considerar que o novo Governo não apresenta garantias de que possa continuar o seu trabalho e que hoje não esteve presente na cerimónia do seu sucessor.

Dirigindo-se aos sindicatos, o novo responsável disse esperar "a melhor colaboração e diálogo, no sentido de se poder obter o que é justo e possa ser realizado, atendendo às conjunturas existentes em cada momento". "Com a minha disponibilidade contarão, dentro dos limites e no quadro com que terei de lidar, sem prejuízo de defender os interesses dos membros da PSP, com a tranquilidade e a equidade que eles mesmos, como cidadãos e profissionais, indiscutivelmente merecem", assegurou.

Branquinho Lobo afirmou ainda estar "consciente das dificuldades" que uma força de segurança como a PSP enfrenta, mas também de que poderá ser feito "mais e melhor" para optimizar a acção.

O nome de Branquinho Lobo mereceu a confiança dos dois principais sindicatos da PSP - a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e o Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP) - , mas o primeiro manifestou algumas reservas por ainda se "lembrar" que o desembargador teve posições anti-sindicais quando foi do Governo, em 1989.

A posse ocorre dois dias depois de o novo ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, ter recebido o SPP/PSP e a ASPP/PSP e de ter mostrado preocupação pelos problemas que afectam a PSP e manifestar abertura para os tentar resolver.

A acompanhar Branquinho Lobo estão os novos directores nacionais adjuntos o superintende chefe António Herlânder Chumbinho, que ficará com as Operações e Segurança, e a civil Maria Teresa Nóbrega e Silva Caupers, para os Recursos Humanos, tendo sido reconduzido no cargo o superintendente chefe Coelho de Lima, responsável pela Logística e Finanças.

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