Tenistas ameçam boicotar torneio feminino dos Jogos Olímpicos

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O presidente do Comité Olímpico Internacional está a acompanhar o processo pessoalmente para que se chegue a uma solução Oliver Multhaup/EPA

A porta-voz do receio de eventuais penalizações foi a francesa Nathalie Dechy, que, à margem do Open de Montreal, Canadá, garantiu que "há muitas tenistas a considerar o boicote".

Na origem da polémica está a recusa do Comité Olímpico Alemão de enviar a Atenas as tenistas Marlene Weingartner e Anca Barna, que, ao figurarem entre as 56 melhores do Mundo, estavam qualificadas segundo os critérios definidos pela FIT.

No entanto, as duas tenistas não chegaram aos quartos-de-final de qualquer um dos torneios do "Grande Slam" ou à final de um dos outros Opens mais importantes do circuito, como exige o comité alemão.

Para solucionar o problema, a direcção da WTA, para lá das pressões junto do movimento olímpico, deu a entender que poderá anular os pontos atribuídos na prova olímpica, o que não deixou satisfeitas as jogadoras.

"Queremos que as duas alemãs joguem nos Jogos Olímpicos e que contem os pontos para o 'ranking'", referiu Nathalie Dechy, manifestando desagrado por as regras poderem ser alteradas em vésperas da competição.

As negociações vão continuar, com o presidente do Comité Olímpico Internacional, Jacques Rogge, a envolver-se directamente no processo para que se chegue rapidamente a uma solução.