Adesão de 15 por cento à greve no Centro Hospitalar de Lisboa, diz administração
Já Pilar Vicente, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, afecto à Federação Nacional dos Médicos, disse que a quase totalidade dos médicos a cumprir um horário de 35 horas semanais aderiu hoje à greve, tal como aconteceu nos dias anteriores.
A sindicalista não adiantou, contudo, valores de adesão à greve, apontando apenas para uma estimativa de 30 a 40 por cento de adesão.
Francisco Oliveira, vogal executivo do Centro Hospitalar, adiantou à Lusa que a greve está a afectar o normal funcionamento dos blocos operatórios e consultas externas.
"Basta um membro de uma equipa de cirurgia fazer greve para que uma operação não se faça", sublinhou, adiantando que o mesmo se passa com as consultas externas.
Também Pilar Vicente aponta aqueles serviços como os mais afectados pela paralisação.
Segundo Francisco Oliveira, hoje de manhã a adesão nos hospitais dos Capuchos e Desterro era de três por cento e no de S. José era de 27 por cento.
A paralisação dos médicos do Centro Hospitalar de Lisboa teve início na segunda-feira e prolonga-se até sexta.
Em causa está a falta de pagamento das horas extra realizadas em urgência de forma igual para todos os médicos, independentemente de os clínicos possuírem o regime de trabalho das 35 ou 42 horas semanais.