Descoberta substância repelente de tubarões

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A substância, denominada A-2, por ser a segunda receita a ser testada, deriva de restos de tubarões mortos DR

O repelente, procurado há décadas pelos cientistas, foi descoberto por investigadores norte-americanos e testado na Estação Biológica de Bimini, nas ilhas Baamas, em três espécies de tubarões. Uma delas foi o tubarão-limão, considerado um dos tubarões mais perigosos para o homem.

Nas experiências, colocou-se uma vara no mar e lançava-se para água um líquido amarelado. Isto desencadeou uma reacção repentina nos tubarões, que fugiam. A substância, denominada A-2, por ser a segunda receita a ser testada, deriva de restos de tubarões mortos. Os pescadores já há muito tempo haviam notado que os tubarões se mantêm afastados quando lhes cheira a tubarão em estado de decomposição. No entanto, os cientistas referem que a descoberta requer mais investigação, uma vez que, por enquanto, os testes mostram que o repelente é eficaz em apenas três espécies.

"Temos algo que realmente funciona, mas a investigação continua", disse o biólogo marinho Samuel Gruber, da Universidade de Miami e um dos especialistas que ajudou a fazer os testes na Estação Biológica de Bimini.

O objectivo principal desta substância é proteger os tubarões das redes dos pescadores, reduzindo as capturas desnecessárias e protegendo as espécies ameaçadas, mas também poderá mergulhadores, surfistas e banhistas. O repelente, apesar de não ser tóxico, é de tal modo desagradável para os tubarões que consegue mesmo acordá-los de um estado semi-inconsciente.

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