Maior colonato da Cisjordânia com 600 novas casas
Ma'aleh Adumin situa-se perto de Jerusalém Oriental, na estrada que leva a Jericó e é, como todos os colonatos judaicos da Cisjordânia e Gaza, ilegal à luz do direito internacional.
O diário israelita "Ma'ariv" citava responsáveis do ministério da Defesa que enquadravam esta autorização para as 600 novas casas no "reforço dos principais colonatos da Cisjordânia" previsto no âmbito do plano de retirada dos 21 colonatos de Gaza e quatro da Cisjordânia.
Fontes israelitas disseram à agência Reuters que esta medida poderia ser o quebrar de um acordo em que Israel tinha prometido aos Estados Unidos não construir mais casas nos colonatos. Por isso, indicava o "Ma'ariv", é que não tinha sido anunciado publicamente o concurso para a construção das novas habitações.
No entanto, o Presidente norte-americano George W. Bush afirmou, num encontro com Ariel Sharon em Abril, que Israel poderia esperar manter algum território na Cisjordânia se retirasse de Gaza.
Entretanto, seis palestinianos morreram, desde a noite de domingo, na Faixa de Gaza; três eram acusados de "colaboração" com Israel e foram atacados no hospital onde estavam, três militantes foram mortos por militares e uma palestiniana foi atingida por um tiro israelita em sua casa. Por isso, dizia o "Ma'ariv", é que não tinha sido ainda anunciado o concurso para a construção.
Entretanto seis palestinianos morreram, desde a noite de domingo, na Faixa de Gaza; três eram acusados de "colaboração" com Israel e foram atacados no hospital onde estavam, três militantes foram mortos por militares e uma palestiniana foi atingida por um tiro israelita.
Os "colaboracionistas" palestinianos foram atacados com granadas na prisão da cidade de Gaza, onde cumpriam pena por terem passado informações a Israel. Foram transferidos para o hospital Chifa em Gaza. Aqui, um dos atingidos pela granada acabou por sucumbir aos ferimentos e outros dois foram mortos a tiro na cama do hospital. Um deles era um antigo membro do Hamas, Walid Hamdiya, considerado o mais conhecido "colaboracionista" palestiniano.
Antes, na madrugada de ontem, o exército israelita matou três palestinianos armados perto de um colonato no norte da Faixa de Gaza.
Já em Khan Yunis, no sul do território, morreu uma palestiniana de 53 anos, atingida por uma bala disparada por um militar israelita. As mortes dos três militantes e da civil palestiniana fazem subir para 4210 o número de pessoas mortas desde o início desta Intifada (iniciada em Setembro de 2000), segundo os cálculos da AFP. Destes, 3213 eram palestinianos e 926 israelitas.
Ainda ontem, o exército israelita isolou a cidade de Belém, na Cisjordânia, devido a um alerta de terrorismo.