Bush quer um director nacional para os serviços secretos

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Bush anunciou que o novo responsável "será nomeado pelo Presidente com o conselho e acordo do Senado" Matthew Cavanaugh/EPA

"Hoje pedi ao Congresso que fosse criado o posto de director nacional para os serviços secretos", anunciou Bush durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, acrescentando que esse responsável "será nomeado pelo Presidente com o conselho e acordo do Senado" e que terá como principal função aconselhá-lo directamente sobre todas as questões ligadas aos serviços secretos e ao terrorismo.

O chefe de Estado norte-americano avançou que será criado um centro nacional encarregue da coordenação do trabalho de 15 agências diferentes actualmente responsáveis pela recolha e análise de informações.

Bush precisou que a criação de um cargo de director nacional dos serviços secretos vai obrigar a uma alteração no textos que criaram em 1947 o Conselho de Segurança Nacional, actualmente dirigido por Condoleezza Rice.

O Presidente dos Estados Unidos explicou ainda que este novo posto não implicará a substituição do cargo de director da CIA, actualmente vago após a demissão, em Junho, de George Tenet. Bush esclareceu também que o director nacional para os serviços secretos não fará parte do seu gabinete e que não ficará instalado na Casa Branca.

A nomeação de um "super-chefe" dos serviços secretos norte-americanos faz parte das recomendações do relatório da comissão de inquérito independente aos atentados do 11 de Setembro de 2001.

No relatório, tornado público a 22 de Julho, é recomendada uma reforma dos serviços secretos, que se mostraram incapazes de prever os ataques terroristas ocorridos em Nova Iorque e Washington, que provocaram a morte a cerca de três mil pessoas.

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