Túnel do Marquês: PS de Lisboa solicita reunião urgente na Assembleia Municipal
O líder da concelhia de Lisboa do PS adiantou que o pedido de debate vai seguir na próxima semana e que este deverá acontecer no início de Setembro, depois das férias e quando retoma o "normal período da vida pública".
O PS quer "um debate muito participado pelos eleitos locais de Lisboa" sobre as conclusões do EIA que, segundo Miguel Coelho, "dão razão" aos socialistas que "sempre disseram que o túnel não devia ser construído".
O EIA do Túnel do Marquês, entregue sexta-feira pela Câmara Municipal de Lisboa ao Instituto do Ambiente, conclui que a infra-estrutura pode contribuir para uma melhor circulação rodoviária na zona, mas alerta para eventuais agravamentos de trânsito do interior de Lisboa.
O documento considera ser necessário ponderar sobre eventuais agravamentos de circulação no interior da cidade com o aumento da concentração da entrada de veículos. Para minorar este problema, o estudo recomenda a implementação de um esquema integrado de gestão de tráfego, com semáforos e sinalização à entrada do túnel, no sentido de gerir os eventuais congestionamentos e evitar os riscos acrescidos durante a fase de exploração.
Recomendações que, para Miguel Coelho, "são tantas que o melhor é não construir o túnel". "O estudo indica uma série de propostas para minorar os impactos que é melhor não construir o túnel e, assim, travar um grande disparate que vai custar muitos milhares de euros que podem ser aplicados em muitas outras coisas", adiantou.
Miguel Coelho adiantou que esta obra "vai trazer mais carros e confusão para Lisboa" e, por isso, considera que a Câmara de Lisboa ainda vai a tempo de travar uma grande asneira".
O projecto do Túnel do Marquês foi iniciado em 2003, tendo as obras sido suspensas em Abril deste ano por ordem do Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, que ordenou a realização do estudo de impacte ambiental.
O Instituto do Ambiente deverá agora analisar o EIA, realizando-se ainda uma avaliação pública, período após o qual será emitida a declaração de impacte ambiental, pedida pelo Tribunal, e que poderá ser favorável ou desfavorável.