Críticas ao Governo marcam Dia da Conservação da Natureza

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Os ambientalistas estão preocupados com a nova vaga de incêndios Adriano Miranda/PÚBLICO

O Dia da Conservação da Natureza assinala-se hoje, em plena época de incêndios, e as associações ambientalistas aproveitam a data para acusar o Governo de "esquecer" a área do Ambiente e para exigir mais meios de prevenção e combate aos fogos florestais.

Para a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), hoje é "um dia de luto, já que a política pública de conservação da natureza se encontra praticamente extinta no país". Isto porque, segundo a LPN, houve uma "perda de influência" do Ministério do Ambiente e há uma "crise" no Instituto da Conservação da Natureza (ICN), além de "atrasos" na aprovação dos Planos de Ordenamento de Áreas Protegidas e da aprovação "apressada" da regulamentação da Lei da Caça.

Também a Quercus afirma que o programa do Governo de Santana Lopes "esquece" a área do Ambiente e não refere a necessidade de reforçar a capacidade do ICN na gestão das áreas protegidas.

Já a Confederação de Associações de Defesa do Ambiente aproveita o dia de hoje para distinguir o advogado José Sá Fernandes por, alegando razões ambientais, ter conseguido a suspensão em tribunal das obras do túnel na zona do Marquês de Pombal, em Lisboa. José Sá Fernandes vai receber - não como advogado, mas como "o melhor amigo do Ambiente" desde Julho de 2003 - o Prémio Nacional de Ambiente instituído por aquela organização.

Por outro lado, uma delegação do Partido Ecologista "Os Verdes", que inclui o deputado Álvaro Saraiva, desloca-se hoje à tarde à zona ardida da Arrábida, que para os ambientalistas ocorreu por "falta de meios de prevenção e de combate, nomeadamente a ausência de meios aéreos".

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