Costa Rica: rapto na embaixada do Chile faz quatro mortos

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Há versões contraditórias sobre o que se passou no interior do edifício Jefrey Arguedas/EPA

"É uma tragédia (...) Encontrámos três pessoas mortas ao lado do polícia", contou Ramos aos jornalistas, contrariando as informações dos serviços de socorro segundo as quais o raptor e os reféns teriam sido mortos durante a intervenção da polícia.

"Quando a polícia entrou não foi disparado um único tiro. O raptor suicidou-se", acrescentou o ministro. O presidente da Cruz Vermelha costa-riquenha, Guillermo Arroyo, confirmou esta tese. "A polícia entrou de forma pacífica e descobriu depois o que se tinha passado", afirmou.

Um porta-voz da Cruz Vermelha precisou que os três chilenos - o primeiro e segundo secretários e uma antiga secretária da embaixada - foram encontrados mortos no interior do edifício, onde uma dúzia de pessoas foram ontem feitas reféns por volta das 15h45 (22h45 em Lisboa).

Ramos identificou o raptor como sendo Orlando Jimenez, de 54 anos, membro da Guarda Civil a trabalhar há cinco anos na segurança daquela embaixada.

Segundo o mesmo responsável, Jimenez não foi capaz de esclarecer claramente as suas exigências mas, nos últimos dias, ter-se-ia mostrado descontente com o anúncio da sua transferência para outro local na Costa Rica.

O raptor recusou-se a negociar com a polícia, que destacou imediatamente para o local cerca de 200 agentes.

Em Santiago, o secretário-geral do Governo, Francisco Vidal, confirmou a morte dos três funcionários chilenos e classificou o rapto como uma "tragédia".

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