Europeias: Sousa Franco acusa Paulo Portas de arrastar o PSD para a lama

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Sousa Franco culpa o partido de Paulo Portas de pôr o debate político "ao nível do palavrão" Inácio Rosa/Lusa

"O PSD, hoje coligado com o CDS-PP, está claramente a reboque de uma força de extrema-direita. Dois deputados (do CDS-PP) tomarão assento num grupo parlamentar que não é o do Partido Popular Europeu, mas num de extrema-direita, ao lado dos neofascistas italianos", declarou Sousa Franco no final de um jantar nas festas populares de Azambuja.

Segundo Sousa Franco, ao CDS-PP e ao seu líder Paulo Portas deve-se, "não apenas a rejeição do projecto europeu, como também o abandalhamento completo das intervenções da coligação Força Portugal".

"Nós, PS, não vamos por esse caminho, porque só insulta quem não tem argumentos e não tem razões. O CDS-PP só tem uma ideia sobre a Europa, que é a de estragar a Europa, começando por estragar esta campanha eleitoral", acrescentou o ex-ministro das Finanças de António Guterres.

Sobre as mais recentes intervenções do presidente do CDS-PP, Sousa Franco respondeu de forma contundente.

"As coisas que Paulo Portas tem dito só teriam resposta no plano em que ele se colocou. Como eu não baixo a esse plano, a única resposta é a não resposta", começou por reagir Sousa Franco, acusando depois o ministro de Estado e da Defesa de "desrespeitar o povo português" e de pretender "tornar a campanha eleitoral numa troca de insultos".

"Não haverá troca de insultos, porque eu não desço ao nível dele", disse o cabeça de lista do PS às europeias, elevando o seu tom de voz.

Sousa Franco ainda foi mais longe e culpou o partido de Paulo Portas por pôr o debate político "ao nível do palavrão".

"O primeiro-ministro, Durão Barroso, alinha pelo mesmo diapasão de Paulo Portas, que, infelizmente, está a fazer escola e também seguido pela ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite", apontou o catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa.

Referindo-se à coligação PSD-CDS/PP para as eleições europeias, Sousa Franco comentou: "Está tudo na lama desse lado. Nós, PS, não desceremos à lama".