União Europeia fala agora a 25

Foto
Alargamento a Leste representa põe fim ao mundo da Guerra Fria Mindaugas Kulbis/AP

Desde as 23h00 (hora de Lisboa) que a Estónia, Letónia, Lituânia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Polónia, Eslovénia, Chipre e Malta são os mais recentes Estados-membros da UE, nove anos depois do último processo de adesão, com a entrada de Suécia, Finlândia e Áustria.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Desde as 23h00 (hora de Lisboa) que a Estónia, Letónia, Lituânia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Polónia, Eslovénia, Chipre e Malta são os mais recentes Estados-membros da UE, nove anos depois do último processo de adesão, com a entrada de Suécia, Finlândia e Áustria.

A hora oficial de adesão foi fixada às 00h00 ECT (fuso horário da Europa central), embora nos três países bálticos e no Chipre as comemorações tenham começado uma hora antes — por força da diferença horária.

Nos novos Estados-membros a adesão foi marcada pelo hastear simbólico da bandeira da UE, enquanto milhares de pessoas celebram nas ruas o fim definitivo da Guerra Fria no Velho Continente.

Um pouco por toda a UE, em especial nos novos Estados-membros, multiplicam-se as festas populares, os concertos, os fogos de artifício, as cerimónias comemorando o histórico alargamento, quase seis décadas após o final da II Guerra Mundial, que dividiu a Europa em dois blocos.

Com este alargamento, a UE passa a integrar 450 milhões de cidadãos, naquele que é o maior mercado comum do mundo.

Para os países de Leste, a adesão culmina 15 anos de dolorosas reformas económicas e políticas levadas a cabo após a queda do muro de Berlim, que transformaram regimes comunistas em países democráticos e de mercado livre.

O alargamento fica apenas ensombrado pela exclusão da metade norte da ilha de Chipre (após o plano de reunificação proposto pela ONU ter sido chumbado em referendo pelos cipriotas gregos) e pelo facto de os 25 não terem sido ainda capazes de aprovar a aguardada Constituição Europeia — instrumento considerado fundamental para o funcionamento da UE alargada.

As cerimónias oficiais de adesão estão marcadas para amanhã de manhã em Dublin, a capital da República da Irlanda, país que assegura a actual presidência semestral do Conselho Europeu.