Administrador polémico do Hospital da Figueira da Foz já foi substituído

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O hospital conta agora com novo administrador PÚBLICO

O Hospital da Figueira da Foz tem desde hoje um novo vogal executivo, dois meses após o anúncio do afastamento do anterior administrador, informou a Administração Regional de Saúde (ARSC) do Centro. A contestação interna ao administrador levou mesmo, em Fevereiro, à ameaça de demissão de 20 dos 24 directores de serviço e chefes de departamento daquela unidade.

A nomeação de Pedro Roldão, administrador hospitalar do quadro dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) como novo vogal executivo do Hospital da Figueira da Foz põe termo a uma série de clivagens no seio da direcção da unidade de saúde, que opunham um dos administradores, Vítor Morais, que hoje cessa funções, aos restantes elementos do conselho de administração.

Há vários meses eram públicas as divergências na direcção, mas já em meados de Dezembro de 2003 a administração do hospital tinha requerido à tutela uma auditoria aos actos de gestão do vogal executivo, devido a alegadas irregularidades cometidas por este, que veio a resultar num processo de averiguações promovido pela Inspecção-Geral de Saúde, que ainda decorre.

Em Março, cerca de 15 dias após ter sido confirmado pela tutela o seu afastamento do cargo, Vítor Morais anunciava a conclusão das obras do hospital de dia do Hospital da Figueira da Foz, num comunicado que a direcção afirmou desconhecer e cujo conteúdo contestou.

Fernando Andrade, presidente da ARSC, confirma agora a nomeação de Pedro Roldão, acrescentando que os dois meses que decorreram desde o anúncio da substituição até à cessação de funções de Vítor Morais se deveram "aos procedimentos processuais necessários, que se revestem de alguma morosidade".

Questionado sobre o inquérito instaurado pela Inspecção-Geral de Saúde ao administrador agora substituído, Fernando Andrade assegurou que a inspecção "continua", estando em curso as averiguações "necessárias à sua conclusão".

Entretanto, ouvido pela Lusa acerca da nomeação de Pedro Roldão, o director clínico do hospital, José Couceiro, congratulou-se com o que considerou ser "a resolução de um problema que se arrastava há seis meses".

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