Parece ter chegado a hora e a vez do cinema documental: depois do sucesso da exibição em sala de Agnès Varda, cabe agora ao belíssimo "Ser e Ter", de Nicolas Philibert, a oportunidade de nos comover com a história de uma comunidade, arrancada ao tempo e aos limites de espaço pelo olhar atento de uma câmara contida. Houve quem falasse da "Americana" e de John Ford para dar conta deste movimento mínimo entre o documento e a ficção. E faz sentido. No entanto, o fundamental neste filme (não interessa géneros nem rótulos) passa pelo equilíbrio periclitante entre o envolvimento e a distanciação, sempre agarrado ao projecto de "ler" os sobressaltos da infância.
Gerir notificações
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Gerir notificações
Receba notificações quando publicamos um texto deste autor ou sobre os temas deste artigo.
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Notificações bloqueadas
Para permitir notificações, siga as instruções: