Morreu o poeta e jornalista Eduardo Guerra Carneiro

O jornalista e poeta Eduardo Guerra Carneiro faleceu hoje, com 61 anos, tendo o seu corpo sido encontrado sem vida junto à casa onde residia sozinho no Bairro Alto, em Lisboa, segundo fonte médica.

A mesma fonte adiantou que Eduardo Guerra Carneiro faleceu vítima de queda de altura elevada, do andar em que residia para o patamar do prédio.

A autópsia, a realizar na segunda-feira no Instituto de Medicina Legal, vai ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte de Eduardo Carneiro.

Eduardo Guerra Carneiro nasceu em Chaves em 1942 e exerceu a sua profissão nos jornais "República", "Primeiro de Janeiro", "O Século" e "Diário Popular" e na revista "TV Guia", tendo também publicado diversos livros de crónica e poesia.

O seu trajecto literário, inicialmente no surrealismo e mais tarde no lirismo amoroso e neo-romantismo, teve início com o lançamento do livro de poesia "O Perfil da Estátua" em 1961 e prosseguiu com "Corpo Terra", "Isto Anda Tudo Ligado", "Como Quem Não Quer a Coisa", " Assim que se Faz a História" ou "Contra a Corrente".

"Lixo", "Profissão de Fé", "Algumas Palavras", "Dama de Copas" e "A Noiva das Astúrias", editado em 2001, são outros dos títulos de poesia que publicou, e aos quais se juntam volumes de crónicas como "O Revólver do Repórter" e "Outras Fitas".

De acordo com o também jornalista e escritor Baptista-Bastos, "morreu um grande poeta e foi o país que o matou", pois em Portugal assiste-se "ao desprezo dos poetas, dos prosadores", existindo "vários jornalistas e escritores na faixa da miséria enquanto directores de jornais e editores continuam a enriquecer".

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