Autocarro foi retirado da cratera de Campolide (actualização)

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Eram 06h30 quando o asfalto da Calçada da Estação cedeu António Cotrim/Lusa

O autocarro de passageiros que hoje foi engolido por uma cratera que se abriu junto à estação de Campolide, em Lisboa, já foi retirado do buraco por uma grua. Ninguém ficou ferido no incidente.

Eram 06h30 quando o asfalto da Calçada da Estação cedeu, abrindo uma cratera com cerca de seis metros de diâmetro e dez de profundidade, arrastando para dentro do buraco um autocarro vazio.

A cratera foi aumentado, afundando cada vez mais o autocarro de 12 toneladas à medida que as horas iam passando, o que obrigou os bombeiros a alargar o perímetro de segurança na zona para 200 metros, devido à instabilidade e ao perigo de derrocada.

Três horas depois do incidente chegava ao local uma grua para tentar remover o pesado, com o auxílio de uma equipa de espeleólogos dos Bombeiros Sapadores de Lisboa para conseguirem descer em segurança ao subsolo e amarrar o autocarro à grua.

Moradores alertaram para o perigo de derrocada

Há cerca de duas semanas, os residentes no Bairro da Liberdade tinham alertado a Câmara Municipal de Lisboa para os perigos de derrocada naquela zona, mas um técnico camarário desmentiu qualquer relação entre os dois factos.

De acordo com o técnico do departamento de obras a causa mais provável do aluimento de terras terá sido uma ruptura no colector de águas pluviais e residuais e a erosão do solo.

A estrutura em causa, conhecida como caneiro de Alcântara, existe há 60 anos e é vistoriada regularmente no Verão, embora não se saiba com exactidão qual é a regularidade das inspecções.

O caneiro de Alcântara é um colector de águas residuais e pluviais, com oito metros de largura, que começa na Damaia (concelho da Amadora), passa por Benfica e desagua no Tejo.

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