Iraque: mais um soldado americano morto no triângulo sunita
Segundo um porta-voz da coligação anglo-americana no Iraque o ataque ocorreu cerca das 08h45 locais (05h45 em Lisboa), quando um grupo de atacantes lançou granadas contra uma posição da 82ª Divisão Aerotransportada.
Khaldiya está situada na região iraquiana mais hostil à presença militar americana, palco de ataques e emboscadas quase diárias contra os soldados dos EUA. A região é de maioria sunita, população onde o antigo regime de Saddam Hussein recolhia maior apoio.
Com esta morte eleva-se para 118 o número de militares americanos mortos em acções hostis desde o final da guerra, no início de Maio — um número já acima das baixas sofridas durante as cinco semanas de guerra (114). A este número juntam-se mais de uma centena de militares mortos em acidentes e em outras situações não relacionadas com combates.
O porta-voz militar referiu ainda que uma patrulha da 1ª Divisão Blindada do Exército foi atacada esta madrugada com granadas junto ao mercado de Abu Ghraib, nos subúrbios a oeste de Bagdad. Dois soldados ficaram feridos no ataque, que terá originado confrontos entre a população local e a polícia iraquiana. No entanto, o porta-voz afirmou não ter quaisquer informações sobre a existência de vítimas entre os civis iraquianos.
Estes novos incidentes ocorrem no final de uma semana particularmente sangrenta no Iraque, que começou no domingo com um ataque de "rockets" contra o hotel em Bagdad onde está sedeada a administração provisória americana. Um dia depois, perto de 40 pessoas morreram em quatro atentados à bomba, ocorridos quase em simultâneo, contra a sede do Comité Internacional da Cruz Vermelha em Bagdad e três esquadras da polícia.
Hoje, o "The New York Times" noticiava, citando altos responsáveis norte-americanos, que o próprio Saddam Hussein poderá estar a coordenar estas acções, provavelmente a partir de Tikrit, a sua cidade natal.