Coreia do Norte admite continuar negociações para o fim do seu programa nuclear

Foto
A Coreia do Norte deverá ter que recorrer à ajuda internacional em 2004 a fim de conseguir dar alimento a 6,5 milhões de habitantes Anatoly Maltsev/EPA

O número dois do regime chinês, Wu Bangguo, estava na Coreia do Norte desde ontem para tentar convencer a ditadura de Kim Jong-Il a retomar as negociações antes do final do ano.

A primeira ronda de negociações a seis - Estados Unidos, Rússia, China, Japão, Coreia do Sul e Coreia do Norte - destinadas a convencer Pyongyang a abandonar o seu programa nuclear, teve lugar em Agosto, em Pequim, e acabou por falhar. Depois disso a Coreia do Norte deixou no ar a sua eventual participação em futuros encontros, dos quais queria excluir o Japão.

A crise nuclear norte-coreana começou em Outubro de 2002 quando Washington revelou que Pyongyang havia retomado o seu programa nuclear, em clara violação de um acordo bilateral assinado em 1994. Em consequência desse facto a Coreia do Norte retirou-se do Tratado de Não-Proliferação Nuclear e reconheceu estar a tentar construir a bomba atómica.

Paralelamente a esta matéria a China - que continua a ser o mais próximo aliado do Estado estalinista - ofereceu a Pyongyang nova ajuda económica. Aliás, a China é um dos Estados que mais contribui para a debilitada economia norte-coreana, nomeadamente com alimentos e recursos energéticos.

A Coreia do Norte deverá recorrer à ajuda internacional em 2004 para conseguir alimentar 6,5 milhões de habitantes, mais de um quarto da sua população, anunciou hoje o Programa Alimentar Mundial (PAM).

Depois de a fome e as calamidades naturais terem arruinado a sua economia, em 1995, a Coreia do Norte, com uma população total de 23 milhões de pessoas, tornou-se um dos países mais dependentes do PAM.

Sugerir correcção
Comentar