Militares da GNR vão apresentar caderno reivindicativo na tutela
O caderno foi aprovado por unanimidade num encontro nacional, realizado esta tarde na Voz do Operário, onde ficou decidido também que seria iniciada a marcha de protesto até á tutela.
À civil e sem palavras de ordem, os militares seguem calmamente em direcção à Praça do Comércio, cumprindo a sugestão do presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), José Manageiro.
Os militares pretendem entregar o documento ao ministro Figueiredo Lopes para lhe dar conta do "descontentamento pela situação existente na GNR, desde a degradação das condições de serviço (instalações e equipamentos) à ausência dos mais elementares direitos, com destaque para o associativismo socio- profissional, e de um horário de serviço compatível com a função".
Nos termos do documento, exige-se "a publicação de uma portaria do Ministério da Administração Interna a aplicar aos profissionais da GNR, e um horário de serviço de 35 horas semanais e respectivo sistema de folgas".
"A abertura do processo de autonomização da Guarda, com a alteração do estatuto profissional que consagre a simplificação da estrutura e dispositivo, graduação e postos, pondo termo ao curso de cabos, ao louvor como condição de promoção e à inadequada aplicação do código de justiça militar", é outra reivindicação inscrita na moção aprovada hoje.
É também exigida "a elaboração de um código para os serviços e forças de segurança em missões de natureza estritamente policial fora do território nacional e que defina com rigor e igualdade estatutos e direitos".