Onze mil táxis podem parar no fim do ano

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A causa do protesto prende-se com a homologação obrigatória dos táximetros para a instalação das novas lanternas Manuel Almeida/Lusa

O dirigente da ANTRAL disse que a paragem poderá ocorrer por "ser impossível" colocar as lanternas em todos os táxis, até 31 de Dezembro, data limite estipulada por lei para a instalação dos aparelhos.

O coordenador do Núcleo da Qualidade e Segurança da Direcção Geral de Transportes Terrestres (DGTT), Vieira Costa, lembrou que o prazo para a troca dos dispositivos já foi adiada "três vezes" e que o primeiro terminou em 2000. Os adiamentos foram concedidos devido à falta dos aparelhos em Portugal, mas actualmente "não há razão nenhuma", reforçando que "existem concelhos onde os táxis já têem as lanternas e não os táximetros".

A causa do protesto prende-se com a homologação obrigatória dos táximetros para a instalação das novas lanternas. O presidente da ANTRAL cita o exemplo dos taxistas que utilizam os aparelhos da Taxitrónica - cerca de 90% - que vêem recusada a homologação do táximetro, por não terem uma lanterna da marca Saludis. Vieira da Costa defende-se afirmando que a outra marca existente no mercado, a Jasil, não é compatível com esses táximetros e que, até há pouco tempo, não possuía certificado do Instituto Português de Qualidade.

Florêncio Silva diz que as Saludis compatíveis com os aparelhos da Taxitrónica estarão ilegais, tendo dimensões superiores às perimitidas por lei. A juntar a isto tudo, o responsável pela ANTRAL, lembra que a Direcção Geral de Empresas permanece muda em relação à definição dos tarifários e sistema de praças a utilizar em cada cidade e que a conversão da contagem de quilómetros para táximetros continua por fazer, tornando inúteis as novas lanternas.

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