Santana Lopes admite interromper negociações com comerciantes da Feira Popular
Santana Lopes adiantou, durante a sessão da Assembleia Municipal, que ainda não existe um cálculo dos valores das indemnizações, mas recusa-se a cometer excessos. "Primeiro falou-se em dois milhões de contos, depois em cinco milhões de contos, e num encontro recente com os feirantes já ouvi falar em oito milhões de contos", afirmou o autarca, sublinhando que "está fora de questão a câmara cometer desvarios ou entrar em loucuras, nem que com isso corra o risco de não levar adiante os compromissos e ser criticado por isso".
"Gostaríamos de ter um novo parque de diversões o mais depressa possível", destacou o autarca, que recusou ainda ceder a "chantagens e ameaças".
Para estudar os valores das compensações, foi constituída uma comissão de avaliação, composta por dois elementos da câmara municipal, dois representantes dos feirantes e um juiz, que segundo o presidente da Associação de Feirantes, José Marques, deverá "começar a funcionar" na próxima semana.
Os feirantes "não querem oito milhões de contos, mas reivindicam um valor que permita que se estabeleçam cá fora", explicou José Marques, presidente da Associação de Feirantes.
A Feira Popular deverá ser encerrada ainda este ano para dar lugar a obras de reconversão dos terrenos de Entrecampos, onde vai surgir em 2005 um novo parque de diversões, mais pequeno, além de edifícios de habitação e para serviços.
A câmara já estabeleceu um protocolo para assegurar o financiamento da obra social da Fundação "O Século", até aqui garantido pelas receitas das bilheteiras da Feira Popular, mas ainda não há acordo quanto ao futuro dos feirantes.