Alunos que simularam assalto a banco recebem apoio psicológico

Os estudantes do Instituto Superior Técnico (IST) que estiveram envolvidos na simulação de um assalto a um banco, em Oeiras, estão a ser acompanhados pelo gabinete de apoio psicológico da instituição de ensino. Na quinta-feira passada, 11 alunos fingiram, no âmbito das praxes académicas, que pretendiam assaltar uma agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD), também em Oeiras.

Carlos Matos Ferreira, presidente do Conselho Directivo (CD) do IST diz que até ao final desta semana poderá haver resultados do inquérito de averiguações que está em curso. Até lá, o Técnico disponibilizou o gabinete de apoio psicológico da instituição. "Também o disponibilizamos às famílias que estão a viver esta situação delicada", explica o presidente do CD.

Um professor da casa, com a ajuda de um assessor jurídico, também do IST, constituem a comissão de inquérito que foi constituída logo na sexta-feira. O objectivo é apurar o que realmente se passou com os alunos do pólo do Técnico no Taguspark, em Oeiras. Segundo a TSF noticiou no próprio dia do simulacro de assalto, 11 estudantes de cara tapada foram os autores da "brincadeira", que provocou o pânico total.

A polícia foi chamada quando um funcionário da CGD accionou o dispositivo de alarme. Oito dos jovens envolvidos seriam alunos do 1º ano e obedeciam às ordens de "dois ou três mais velhos", acrescenta Matos Ferreira.

Contudo, segundo o presidente do CD, não é certo que este processo interno resulte nalgum processo disciplinar e consequentemente nalguma sanção aos estudantes. "Os alunos actuaram fora das instalações do Técnico. O banco fica no centro de Oeiras e não tem nada a ver com o Técnico, por isso não sei.... Mas não me quero antecipar aos resultados do inquérito, que, espero, possa estar concluído ainda esta semana", afirmou, acrescentando que a brincadeira revela "uma total infantilidade".

Entretanto, a polícia elaborou o auto de notícia depois de identificar os 11 alunos, que têm 17 e 18 anos. Segundo Hipólito Cunha, do gabinete de Relações Públicas da Direcção Nacional da PSP, o auto foi depois enviado ao Ministério Público. O processo de inquérito prosseguirá o seu curso - independentemente de haver ou não uma queixa da CGD, uma vez que um assalto a um banco configura um crime público, explicou ainda Hipólito Cunha.

A assessoria de imprensa da CGD fez saber que não faz qualquer comentário a este caso.

Sugerir correcção
Comentar