Israel promete continuar acções militares contra activistas palestinianos

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Israel afirma que Abu Mazen é incapaz de travar os grupos armados palestinianos Alaa Badarneh/AFP

Perto de Belém, na Cisjordânia, soldados israelitas abateram um palestiniano armado com uma faca junto a uma barreira militar, conforme relatos de testemunhas palestinianas. Fontes militares israelitas confirmaram o incidente.

Na Faixa de Gaza, helicópteros israelitas realizaram o terceiro raide aéreo em cinco dias disparando "rockets" contra um carro na localidade de Jabaliya. Um civil palestiniano de 32 anos morreu e 23 ficaram feridos.

Esta operação tinha como principal alvo Wael Akilan e Khaled Massud, dois activistas das Brigadas Ezzedin al-Qassam, o braço armado do Hamas. Ambos escaparam ao ataque, avança a AFP citando uma fonte do movimento radical islâmico.

"As nossas operações de liquidação vão continuar contra todos aqueles que estejam implicados em actividades terroristas, na preparação de atentados ou em disparos de 'rockets'", disse à agência francesa um dirigente israelita que pediu o anonimato.

"Nenhum terrorista deve estar à espera de impunidade. Continuaremos a agir quando e como acharmos útil com todos os meios necessários, até que a Autoridade Palestiniana se decidir a lutar contra os terroristas como se comprometeu a fazer", disse o mesmo responsável.

Por seu lado, o ministro da Habitação, Effi Eitam, membro do gabinete de segurança afirmou à rádio militar que o Hamas e a Jihad Islâmica "são inimigos de qualquer processo político futuro e são um grupo de assassinos que é preciso tratar como tal".

Na semana passada, o gabinete de segurança prometeu tratar estes dois grupos radicais como assassinos, na sequência de mais um atentado sangrento contra um autocarro que fez 21 mortos e 130 feridos, entre os quais várias crianças. O ataque foi reivindicado pelo Hamas e pela Jihad Islâmica.

Israel retomou então a sua táctica de "alvos precisos" eliminado na semana passada, em Gaza, o líder político do Hamas, Ismail Abu Chanab, assim como dois dois seus guarda-costas. Ahmed Chtaui e três outros activistas foram mortos depois do regresso das operações de grande envergadura por parte do Exército israelita.

O raide aéreo de ontem foi condenado pelo primeiro-ministro palestiniano, Abu Mazan, que convocou para hoje uma reunião extraordinário do seu Executivo.

Israel acusa o chefe do Governo palestiniano de nada fazer para desmantelar os grupos armados.

Durante a noite de ontem para hoje, o Exército prendeu 32 palestinianos procurados. Também durante a noite, o sul de Israel foi alvejado por um "rocket" do tipo Qassam. O incidente não fez qualquer vítima nem provocou dados materiais.

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