Carrey é a única razão

O mais divertido deste filme é que, durante a primeira meia hora, Jim Carrey e a sua personagem parecem estar unidos na mesma adversidade: "então mas ninguém repara no meu talento?" - e enquanto a personagem vive de reportagens televisivas patetas, Carrey voltou a fazer "Shadyac films"...

Dito isto, é evidente que Carrey é a única razão válida para se ir ver "Bruce, o Todo Poderoso", filme de programa e de rotina que só serve - menos mal, vá lá - para Carrey fazer o seu "one man show". Conclusões, tiram-se duas: que a sua "persona" está cada vez mais "desagradável" e misantropa, e que lhe fazia muita falta encontrar uma espécie de Tashlin. Dá para rir nalguns "gags", noutros dá para lamentar que lhes falte qualquer coisa para fazerem rir, antes de tudo entrar em rota conformista de confirmação da moral da história: por mal que estejas fica onde estás porque esse é o teu lugar. Esperemos que Carrey não se conforme.

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