Incêndios: PCP acusa Governo de "agir tarde" e pede Plano Nacional de Emergência

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O PCP acusa o Governo de ter feito "uma má avaliação sobre a dimensão da calamidade" provocada pelos incêndios Paulo Cunha/Lusa

"O Governo fez uma má avaliação sobre a dimensão da calamidade, reagiu tardiamente e de forma insuficiente, sendo evidente no terreno uma enorme falta de meios humanos e materiais", acusou Luísa Araújo em conferência de imprensa.

A dirigente comunista considerou "lamentável que a Força Aérea Portuguesa tenha perdido a possibilidade de intervir com meios, por força da incúria governamental".

Luísa Araújo defendeu ser "indispensável e essencial o accionamento do Plano Nacional de Emergência" que "permite a requisição de todos os meios disponíveis, públicos e privados, civis e militares, de máquinas e de pessoas".

Segundo lembrou, Portugal adquiriu há cinco anos aviões C 130 iguais aos emprestados agora pela Itália, mas "deixou apodrecer os 'kits' de combate a incêndios".

"A dimensão catastrófica dos incêndios é o resultado do desinvestimento dos sucessivos governos", continuou a comunista, dando como exemplo a "redução dos postos de vigilância, a diminuição drástica do número de guardas florestais, a fusão precipitada do Serviço Nacional de Bombeiros com o Serviço Nacional de Protecção Civil e a extinção da Comissão Nacional Especializada de Fogos Florestais".