Ornitólogos alertam para possível extinção de Pica-pau-imperial

A Birdlife International - federação de associações de ornitologia, entre as quais a portuguesa SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) - receia que o Pica-pau-imperial (Campephilus imperialis), espécie da América Central, possa estar extinto.

Numa expedição à última zona onde tinham sido avistadas estas aves os ornitólogos da Birdlife não encontraram provas de populações residentes.

Esta ave, o maior pica-pau do mundo, foi encontrada nas montanhas da Sierra Madre, no México, e não era uma espécie rara no seu habitat, a altitudes elevadas. No entanto, a última confirmação da existência da espécie foi em 1956, apesar de terem sido registados oito avistamentos desde então em duas zonas remotas.

A expedição conjunta da Birdlife e da organização não governamental local, a Prosima, durou 16 dias, no estado Durango, onde em 1996 o Pica-pau-imperial tinha sido avistado.

O Campephilus imperialis será agora incluído na lista vermelha da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) de 2004 como espécie Possivelmente Extinta ou Criticamente Ameaçada.

"As expedições não conseguiram encontrar provas de que a espécie ainda exista", lamentou David Wege, da Birdlife para a América. "O mundo vai ficar mais pobre sem o Pica-pau-imperial", acrescentou.

As principais causas para o declínio da espécie são a perda de habitat, devido à desflorestação, e a caça.

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