Principal suspeito na morte de agente da PSP da Amadora começa hoje a ser julgado

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O agente foi baleado quando tentava deter um homem envolvido num acidente Manuel de Almeida/Lusa

O julgamento de Pedro Mendes Furtado, acusado de ter morto o agente da PSP da Amadora Felisberto Silva, em 2002, começa hoje no Tribunal da Cidade de Praia, em Cabo Verde. O arguido tem nacionalidade cabo-verdiana e abandonou Portugal rumo ao seu país pouco depois do crime.

Mais conhecido por “Pepa”, o jovem cabo-verdiano acusado de ter morto o agente da PSP, a 4 de Fevereiro de 2002, foi detido pela Polícia Judiciária de Cabo Verde a 3 de Maio de 2002, na ilha de Santiago, onde reside a sua família.

Felisberto Silva, de 25 anos, casado e pai de uma criança de um ano e meio de idade, foi assassinado a tiro numa rua da Damaia, nos arredores de Lisboa, quando tentava deter um homem envolvido num acidente de viação.

O agente policial, cabo-verdiano de 25 anos, foi baleado mortalmente durante a tarde por um dos ocupantes de uma das três viaturas envolvidas num acidente na Avenida João V.

De acordo com uma testemunha ocular, o agente perseguiu a pé um dos ocupantes de uma viatura – que se recusou a mostrar a identificação –, tendo conseguido agarrá-lo pelo casaco.

Segundo a mesma versão, o suspeito reagiu e conseguiu tirar a arma ao polícia, disparando contra o agente.

A polícia cabo-verdiana manteve o suspeito em prisão preventiva desde a sua detenção e o julgamento vai ter lugar em Cabo Verde, porque a Constituição do país proíbe a extradição de cidadãos cabo-verdianos, mas contempla a possibilidade de eles serem julgados por crimes cometidos no estrangeiro.

Acusado de homicídio qualificado, "Pepa" incorre, à luz da lei cabo-verdiana, na possibilidade de uma pena de prisão entre os 16 e 24 anos.

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