Bombas de fragmentação caem em bairro residencial de Bassorá
A cidade de Bassorá, que inicialmente, nas palavras do Comando Central dos EUA, era considerada um centro populacional em que não haveria lugar para combates, está a ser palco de violentos confrontos entre as forças militares da coligação liderada pelos EUA e a resistência iraquiana.
O correspondente da televisão noticiosa baseada no Qatar Al-Jazira diz que foram largadas bombas de fragmentação sobre um bairro residencial da segunda maior cidade do Iraque, mostrando às câmaras marcas redondas prateadas no solo e referindo que os explosivos terão sido deitados sobre a cidade cerca das 21h30 de ontem (18h30 em Lisboa).
A Al-Jazira não mencionou a existência de vítimas, mas indicou que os combates na periferia da cidade prosseguiram durante toda a noite. A zona oeste e este da cidade foram bombardeadas esta noite, adianta ainda o repórter.
Bassorá é uma importante cidade petrolífera e conta com uma população de mais de um milhão de pessoas, segundo a AFP. A Reuters dá conta de dois milhões de habitantes. Estes habitantes estão afectados pela falta de água e electricidade desde o fim-de-semana, pelo que mereceu já o esforço da Cruz Vermelha Internacional, que fez deslocar um engenheiro à cidade para tentar solucionar a questão.
Alvo militarO porta-voz militar Al Lockwood, estacionado na base do Comando Central dos EUA no Qatar, admitiu hoje que as tropas britânicas se preparam para combater guerrilhas em Bassorá. “Estamos a enfrentar resistência de irregulares, membros da Fedayin, extremamente leais ao regime de Saddam”, confirmou Al Lockwood, que acrescentou que estas mílicias do Presidente estão a “aterrorizar os habitantes” de Bassorá.
Fonte militar britânica disse também, em declarações à CNN, que as forças britânicas declararam a cidade um alvo militar, desde que os iraquianos levaram para Bassorá uma unidade militar, com tanques, artilharia e infantaria.