Privatização do "handling" da TAP concluída no primeiro semestre
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação, Valente de Oliveira, citado pela Lusa, disse hoje que o processo de privatização, cujo capital não foi ainda definido, torna-se irreversível em Maio deste ano e garantiu que os direitos dos trabalhadores serão preservados em todo o processo de transferência da propriedade da empresa para o sector privado.
Valente de Oliveira sublinhou que se nada fosse feito então esses postos de trabalho estariam em causa, face à previsível entrada de um terceiro operador privado no "handling".
Nessa segunda opção, Valente de Oliveira estimou em mil os postos de trabalho que estariam em risco.
Nas duas últimas semanas, os sindicatos e a comissão de trabalhadores têm adoptado medidas de protesto contra a privatização da divisão de assistência em terra da TAP, com o argumento de que se pretende cindir a empresa e tornar, assim, mais fácil o despedimento dos trabalhadores.
No último ano, a TAP chegou a acordo com algumas centenas de trabalhadores para cessar o vínculo à companhia, numa estratégia de contenção de custos com o pessoal, sem que tivesse existido oposição, tornada pública, dos sindicatos ou da comissão de trabalhadores.
O ministro da tutela assegurou que o resultado da venda do capital da empresa irá reverter na totalidade para os cofres da TAP, o que a ajudará a minimizar os problemas crónicos de tesouraria da companhia.
A TAP anunciou uma redução acentuada dos prejuízos, para seis milhões de euros, em 2002, a que não é alheia a contenção dos custos com o pessoal. Para este ano, a companhia estima gerar lucros de 15 milhões de euros, apesar das dificuldades que o sector da aviação vai sentir.