Clonaid anuncia nascimento de segundo clone humano

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A presidente da Clonaid voltou a não a avançar o país onde ocorreu o nascimento ou a apresentar provas destes Hillery Smith Garrison/AP

A Clonaid, empresa ligada à seita dos raelianos, anunciou hoje o nascimento do segundo clone humano no Norte da Europa, de novo um bebé do sexo feminino, filha de um casal de lésbicas holandesas.

Brigitte Boisselier, a bioquímica francesa que preside à empresa Clonaid, voltou a não a avançar o país onde ocorreu o nascimento ou a apresentar provas sobre este, continuando a omitir dados sobre o nascimento do primeiro clone humano, uma menina filha de um casal norte-americano.

Ambos os nascimentos continuam por confirmar por fontes independentes, com a comunidade científica ainda céptica quanto à capacidade da Clonaid em conseguir desenvolver a técnica da clonagem.

Em declarações à AFP, Boisselier confirmou que "um segundo bebé nasceu ontem". "Trata-se de uma menina, que se encontra bem", acrescentou a presidente da Clonaid, indicando que a bebé "é mais pequena que a primeira e tem 2,7 quilos" e é "filha de duas mães lésbicas da Holanda".

A técnica de clonagem é interdita na Holanda, desde a entrada em vigor de uma lei a 1 de Setembro último. Porém, apesar das mães da criança serem naturais deste país, a Clonaid recusa-se a confirmar se foi na Holanda onde ocorreu o nascimento.

Ficou também por adiantar se as mães do segundo clone humano vão aceitar que o bebé seja sujeito a testes de ADN para provar se houve ou não o recurso à técnica da clonagem.

No passado dia 26 de Dezembro, a presidente da Clonaid anunciou o nascimento do primeiro bebé clonado, Eva. Na mesma altura adiantou que outros quatro nascimentos iriam ocorrer durante o mês de Janeiro, entre eles o de ontem.

"Todo este assunto é totalmente ridículo. Na ausência de toda a prova científica, concluo que nada é verdadeiro. Essas pessoas [raelianos] são religiosos e completamente loucos", sustentou o biogeneticista Rudolph Jaenisch, especialista mundial na clonagem de animais no Instituto Whitehead, em Cambridge (Massachusetts).

"Se for verdade que clonaram alguém - o que duvido - será um desastre, porque, depois de termos feito experiências de clonagem com várias espécies animais, muito poucos sobreviveram e os que sobreviveram não são normais. Eles serão gravemente afectados", continuou o responsável.

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