EDP encerra Oni Way
Após vários meses de especulações e cenários diversos, eis que se põe um ponto final à operação do quarto operador móvel apto a trabalhar com a tecnologia de terceira geração de telefones móveis - UMTS (Universal Mobile Telephone Service).
A EDP informa que estabeleceu um acordo de venda dos activos e do capital da Oni Way à TMN, Vodafone e Optimus, processo que terá várias fases.
A eléctrica portuguesa diz que assumiu investimentos de 484 milhões de euros nos últimos dois anos e estima em 30 milhões de euros os custos adicionais para o fecho da operação, nos quais se devem incluir as indemnizações a negociar com os quase 400 funcionários da empresa.
A venda de activos aos operadores TMN, Vodafone e Optimus deverão gerar um valor de 161 milhões de euros.
Como a EDP é o accionista maioritário da Oni Way, o desfecho deste negócio representará um prejuízo de 114 milhões de euros no exercício de 2002. BCP, Telenor e Iberdrola deverão suportar os restantes prejuízos.
Os investidores do mercado de capitais parecem ter ficado agradados, já que as cinco empresas envolvidas no negócio estavam a ser beneficiadas, ao meio-dia, no mercado de capitais português.
A EDP aumentava 0,6 por cento, para um preço por acção de 1,69 euros, o BCP apresentava a maior valorização entre os cinco títulos e crescia 2,3 por cento (2,65 euros) e a PT, proprietária da TMN, apreciava-se 1,2 por cento (6,91 euros). A Vodafone trepava dois por cento (8,95 euros) e a SonaeCom meio por cento (1,97 euros).