Guilherme Silva critica opções do Governo no PIDDAC
Para Guilherme Silva, que falava na abertura das jornadas parlamentares do PSD, em Portalegre, a solidariedade entre o grupo parlamentar e o Governo corre o risco "de se assemelhar a uma avenida com um só sentido", o que, em seu entender, "é inaceitável".
"Não posso deixar de lamentar a forma como foi elaborado o PIDDAC, sem ter em conta a sensibilidade que os deputados dos vários círculos têm para as prioridades locais e, apesar de algum esforço de correcção que veio a ser feito, a verdade é que subsistiram situações de injustiça que não é possível silenciar", disse o mesmo responsável social-democrata.
Num longo discurso inaugural — essencialmente voltado para as críticas ao PS —, o líder parlamentar "laranja" deixou aos deputados a garantia de que o próximo PIDDAC "será preparado e elaborado em moldes diferentes".
Em causa "solidariedade entre grupo parlamentar e Governo"Caso a "representatividade própria do mandato dos deputados" não seja tida em conta pelo Executivo na elaboração do PIDDAC, defendeu, é a própria "solidariedade entre o grupo parlamentar e o Governo" que corre o risco de se transformar numa "avenida de um só sentido".
Presente nas jornadas, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Marques Mendes, escusou-se a comentar as críticas feitas por Guilherme Silva, limitando-se a explicar que "apenas 20 por cento do PIDDAC" é da responsabilidade do actual Governo, já que o restante corresponde a compromissos já assumidos pelo anterior Executivo socialista.
Antes de se referir às "legítimas razões de queixa" de alguns deputados, Guilherme Silva fez um ataque cerrado à evolução do PS e ao comportamento que tem assumido no Parlamento.