Nobel da Medicina para Brenner, Horvitz e Sulston (actualização)

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Sydney Brenner, Robert Horvitz e John E. Sulston foram laureados com o Prémio Nobel da Medicina 2002 pelas suas descobertas na área da "regulação genética do desenvolvimento dos órgãos e da morte celular programada".

Os nomes foram hoje divulgados pelo Instituto Karolinska de Estocolmo, que refere que os cientistas identificaram os genes-chave que regulam o desenvolvimento dos órgãos e o chamado "suicídio celular".

Sydney Brenner, de 75 anos, da Universidade de Berkeley, na Califórnia, foi pioneiro na utilização do nemátodo Caenorhabditis elegans (uma minhoca microscópica) como modelo experimental, o que lhe permitiu "relacionar a análise genética à divisão e à diferenciação celular, bem como ao desenvolvimento dos órgãos", salienta um comunicado do instituto sueco. O seu trabalho "permitiu acompanhar estes processos ao miscroscópio" e serviu de base ao dos outros laureados.

O norte-americano Robert Horvitz, de 55 anos, do Instituto de Tecnologia de Cambridge, Massachusets, descobriu e caracterizou genes cruciais que controlam a morte das células no C. Elegans, mostrando como esses genes interagem no processo de morte celular. Provou ainda que estes genes existem no ser humano.

John E. Sulston, de 75 anos, do Sanger Center de Cambridge, no Reino Unido estudou uma linhagem de células em que cada divisão e diferenciação celular podiam ser acompanhadas no desenvolvimento de um tecido no C. elegans. Através deste processo, conseguiu mostrar que o "suícidio celular" faz parte do processo normal de diferenciação das células. O investigador também identificou a primeira mutação de um gene que participava no processo de morte celular programada.

A utilização do C. Elegans como modelo experimental permitiu acompanhar os processos de divisão e diferenciação celular desde o óvulo fertilizado até à idade adulta de um organismo. A importância das descobertas dos três investigadores agora distinguidos reflecte-se na investigação médica e já permitiu perceber melhor a patogénese de muitas doenças.

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