Farmacêutica Merck terá também cometido fraude contabilística

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A falta de credibilidade das contas de algumas das maiores empresas norte-americanas arrasa mercado de capitais Kathy Willens/AP

A farmacêutica Merck poderá juntar-se à Enron, WorldCom e Xerox na fraude contabilística das suas contas nos anos de 1999 a 2001, noticia a Reuters.

A notícia foi hoje conhecida e é em tudo idêntica aos restantes casos conhecidos, que já abalaram recentemente os mercados de capitais e os meios financeiros internacionais. Desta vez é a Merck a admitir que contabilizou receitas em excesso no valor de 14.000 milhões de dólares (14.366 milhões de euros) nos anos de 1999 a 2001.

A confirmar-se esse procedimento fraudulento, a empresa de auditoria da Merck e o organismo de regulação dos mercados de capitais norte-americanos serão postos em causa, mais uma vez, porque não zelaram pelos interesses dos accionistas, trabalhadores e fornecedores da empresa em causa.

Nos últimos escândalos conhecidos, da WorldCom e Xerox, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, foi obrigado a intervir, a partir do Canadá, onde assistia à reunião do G8, para lembrar às empresas que precisam de cumprir as regras contabilísticas e credibilizar a sua gestão a bem dos accionistas, trabalhadores e do mercado de capitais.

A revelação de hoje confirma que o problema da falta de credibilidade nas contas das principais empresas norte-americanas está longe de acabar por aqui e que os últimos anos trouxeram práticas contabilísticas condenáveis e que lensam fortemente o mercado de capitais, os accionistas e o ambiente económico da primeira economia mundial.

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