O chefe da diplomacia sul-africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, disse aos jornalistas que a OUA desconhece o valor acumulado nas contas congeladas da UNITA.

A moção sustenta que os fundos retidos em consequência das sanções aplicadas pela ONU ao movimento do Galo Negro devem ser canalizados para o processo de paz, nomeadamente no que diz respeito ao apoio humanitário. A OUA defende ainda que se deve assegurar a reintegração dos quadros da UNITA na sociedade angolana e falou da necessidade de ajudar os milhares de deslocados angolanos, na sequência da guerra civil, a regressarem a casa.

Ao mesmo tempo, a organização lançou um apelo ao Governo angolano para encorajar os combatentes da UNITA a entregarem as armas e a optarem pela via política.O Conselho de Ministros — reunido em sessão ordinária — analisou uma proposta de apoio à transformação da UNITA num partido político, reconhecido pela OUA. Segundo fontes diplomáticas, esta proposta suscitou reservas entre a delegação moçambicana, justificadas com o receio de aproveitamento da situação por parte de elementos da UNITA que não subscrevem o processo de paz, iniciado com o cessar-fogo assinado a 4 de Abril.

Os ministros africanos vão entregar as suas recomendações aos chefes de Estado na cimeira da OUA que vai decorrer em Durban, na próxima semana.