Ordem dos Engenheiros quer maior qualidade no ensino da especialidade

Francisco Sousa Soares está preocupado com a baixa qualidade de algumas licenciaturas em engenharia que existem em Portugal. "Há cursos de engenharia que não têm matemática como específica obrigatória", espantou-se, recordando ainda que a Ordem recomenda às escolas que valorizem a disciplina e exijam 9,5 como nota de entrada mínima.

O bastonário dos Engenheiros espera que as escolas de engenharia que não têm cursos acreditados pela Ordem remodelem as suas opções de formação e estudem projectos de fusão.

Além da qualidade dos cursos, o bastonário considera é "inaceitável" que existam cursos com menos de cinco vagas ocupadas, que constituem, opina, "um desperdício de recursos financeiros".

A Ordem dos Engenheiros apresentou hoje o 14º Congresso da Ordem, que decorre entre 27 e 30 de Junho, em Coimbra, que é exactamente subordinado ao tema do ensino da engenharia em Portugal, pretendendo lançar pistas de discussão que contribuam para uma melhor aplicação dos princípios da Declaração de Bolonha, assinada há três anos.

Este documento, subscrito por 29 países, entre os quais Portugal, destina-se a aproximar os sistemas educativos europeus de nível superior para facilitar a mobilidade dos estudantes e dos licenciados.