Sampaio com portugueses em Paris para comemoração antecipada do 10 de Junho

Foto
Sampaio esteve na companhia do presidente da Câmara de Paris, Betrand Delanoe, durante a cerimónia Eric Feferberg/AFP

"Por vezes, é quando estamos no estrangeiro que nos sentimos mais portugueses", disse Sampaio no seu discurso, sublinhando que "a distância e a saudade tornam mais nítido e mais forte o seu amor por Portugal".

Salientando que a capital francesa é "a segunda maior cidade portuguesa" dado o elevado número de portugueses que ali procuraram abrigo, entre estudantes, exilados políticos ou artistas, o chefe de Estado afirmou que Paris "foi e continua a ser uma fonte de inspiração para tantos escritores e artistas portugueses".

Por sua vez, Betrand Delanoe referiu que Sampaio é o "Presidente da República que mais vezes foi recebido na Câmara de Paris", saudando aqueles que "vieram para França partilhar o gosto pela liberdade e pelo conhecimento", cita a Lusa.

Durante a cerimónia, onde participaram várias personalidades políticas e da sociedade portuguesa, foi ainda inaugurada uma exposição de azulejos e decorreu um espectáculo da fadista Mísia.

O presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, também presente na comemoração antecipada do 10 de Junho, considerou que a recepção na Câmara de Paris foi "um testemunho de que Portugal tem subido nas considerações".

Antes da cerimónia, Sampaio esteve na Embaixada de Portugal onde defendeu uma "presença moderna" do país em Paris, manifestando-se preocupado com o possível encerramento da residência universitária Casa de Portugal. "Não consigo acreditar que não existam possíveis apoiantes", afirmou.

A Residência André de Gouveia, conhecida como Casa de Portugal, situa-se na Cidade Universitária em Paris e é gerida pela Fundação Gulbenkian, que anunciou o seu encerramento por questões financeiras.

"Tenho a esperança de fazer da presença portuguesa em Paris uma presença moderna do ponto de vista intelectual", concluiu o Presidente da República.