Com a inauguração das operações da nova companhia aérea suíça Swiss, termina hoje a vida da Swissair, que foi uma das mais prestigiadas transportadoras aéreas do mundo.

Desde a sua falência, em Outubro de 2001, a Swissair foi colocada sob tutela da antiga filial Crossair, que tomou a direcção das operações. Da fusão das duas companhias resultou a nova Swiss.

A decadência da companhia começou em Abril de 2001, quando a Swissair anunciou prejuízos de mais de 2,9 mil milhões de francos suíços, no exercício de 2000, resultantes de uma política de expansão demasiado ambiciosa.

A situação da Swissair teve consequências em Portugal, onde a empresa tinha um acordo para a compra de 30 por cento da TAP Air Portugal, que rompeu em Janeiro de 2001, deixando a companhia portuguesa sem parceiro estratégico.

Um plano de saneamento sem precedentes foi então elaborado, para que os suíços continuassem a dispor de uma companhia aérea de bandeira, tendo recebido contribuições financeiras do Estado federal, das autoridades cantonais e municipais, de empresas públicas e privadas, num total de 2,7 mil milhões de francos suíços.

Em seis meses, a companhia dirigida por André Dosé constituiu a Swiss e seis mil funcionários da antiga companhia têm de novo emprego, embora em condições menos vantajosas.

Os pilotos da antiga Swissair, os mais bem pagos da Europa, aceitaram cortes nos salários de 35 por cento.