Está longe, muito longe, de deixar uma impressão tão forte como "Os Mutantes". Percebe-se que é, em boa parte, um filme cifrado, e o problema talvez venha daí. Não pela "cifra", mas pela necessidade, que Teresa Villaverde terá sentido, de preencher o filme com algumas âncoras narrativas para que ele não se resumisse à cifra - ou seja, para que não fosse incompreensível para o comum dos espectadores. Teríamos preferido que o filme assumisse essa faceta de modo mais pleno, porque o que está lá para a desanuviar não só acaba por não trazer grande coisa como contribui para lhe retirar a força. Há personagens a mais, de que o filme não precisa, e histórias a mais, que o filme não pede. No centro (na personagem de Galatea Ranzi), contudo, há qualquer coisa que vibra com bastante intensidade, e é quando se concentra nessa "incompreensível" intensidade que o filme é melhor.
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