Despenalização das drogas leves e novo referendo sobre o aborto na mira da JSD

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A JSD considera que o combate contra o consumo de drogas pesadas passa pela despenalização das drogas leves DR

A Juventude Social-Democrata quer despenalizar as drogas leves e admite que a despenalização do aborto seja, de novo, referendada. A JSD apresenta hoje os seus candidatos a deputados e o programa eleitoral da Jota: Projecto Político para a Juventude Portuguesa, às 15h00, na Doca de Santo.

Em entrevista à Rádio Renascença, o presidente dos sociais-democratas, Pedro Duarte, propõe que se faça uma distinção entre os diferentes tipos de drogas porque essa diferença poderá ajudar a combater o consumo de substâncias pesadas: "Nós consideramos que deve existir uma despenalização do consumo de determinado tipo de drogas, nomeadamente do 'cannabis' e seus derivados. O facto de existir o mesmo regime para as drogas leves e para as drogas duras, estas sim, altamente perigosas para a saúde de quem as consome e com consequências sociais dramáticas a todos os níveis, é que tem beneficiado os traficantes de droga".

De acordo com a JSD, deverá haver "um comércio controlado de drogas leves que possa, de alguma forma, distinguir os mercados", acrescentou.

A questão do aborto é outro dos temas abordados no "Projecto Político para a Juventude Portuguesa". A JSD sustenta que antes de mais é necessário encontrar medidas para combater as causas que levam ao aborto: mais informação e melhores condições de adopção. Porém, caso a questão da despenalização do aborto venha de novo a ser colocada, Pedro Duarte não afasta a hipótese de vir a apoiar um referendo sobre a matéria. Perante esta hipótese, o líder da JSD mostrou-se convencido que a Direcção Nacional do PSD será favorável a uma consulta aos portugueses.

A JSD mostrou-se ainda preocupada com as questões da saúde, sobretudo com o elevado número de casos de sida registados em Portugal. Uma questão que não está relacionada apenas com o consumo de drogas. Para Pedro Duarte, a resolução do problema passa também pela regularização da prostituição. "Deve haver uma regularização da actividade da prostituição em Portugal, tendo em vista essencialmente haver um controle médico rigoroso e periódico junto desta nossa camada social, tendo em vista essencialmente a prevenção da sida", afirmou o responsável.

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