Nauru é o primeiro alvo da luta contra os «off-shore»

Uma pequena ilha do Pacífico, a República de Nauru, tornou-se no primeiro "alvo" da luta internacional contra os paraísos fiscais, depois de a França ter decretado o levantamento do sigilo bancário nas transacções com aquele Estado. O decreto publicado sexta-feira em França obriga os bancos franceses a declarar ao organismo encarregado da luta contra o branqueamento de capitais, o Tracfin, qualquer transacção superior a oito mil euros com aquele Estado.

Depois da França, também a Alemanha, a Holanda e Singapura se preparam para adoptar medidas de controlo dos movimentos de capitais com destino ao pequeno Estado, acusado de branquear mais de 70 mil milhões de dólares (80 mil milhões de euros) da mafia russa, segundo uma fonte comunitária ligada ao processo. A mesma fonte indicou que a Espanha também já decretou "contra- medidas" dirigidas à República de Nauru, próxima da Austrália, com cerca de 12 mil habitantes.

O Estado do Pacífico - no qual estão estabelecidos mais de 450 bancos "off-shore", um banco por cada 26,7 habitantes - encontra-se na lista negra do Grupo de Acção Financeira contra o Branqueamento de Capitais (GAFI), que dera a Nauru um prazo até 30 de Novembro de 2001 para alterar as leis sobre a matéria.

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