Explosões em paiol na Nigéria fazem pelo menos 12 mortos (actualização)

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As autoridades nigerianas desmentiram a ocorrência de um golpe de Estado Pius Utomi Ekpei/AFP

“Muitas pessoas deram parte de crianças desaparecidas e há muitas crianças perdidas à procura dos pais”, informou, hoje de madrugada, o comissário da polícia de Lagos, Mike Okiro, à Reuters.“Tenho ainda informações do terreno que indicam que muitas pessoas residentes na área de Ikeja [onde se deram as explosões] procuraram refúgio nas esquadras da polícia”, acrescentou Okiro.
As autoridades militares nigerianas garantiram de imediato que o incidente não se tratou de qualquer acção política, afastando a hipótese de golpe de Estado. “Deixem-me assegurar que [este incidente] não tem qualquer conotação política”, afirmou o comandante da base, John Anda, em directo na televisão nacional.
A primeira explosão ocorreu um pouco antes das 18h00 locais (17h00 em Lisboa). Seguiram-se mais de 20 explosões e de acordo com o comandante da base é possível que se registem ainda mais explosões.
A Nigéria, um país rico em petróleo, é umas das mais populosas nações africanas e a capital, Lagos, uma das cidades com mais habitantes, com um total de 12 milhões de residentes. A eleição do Presidente Olusegun Obasanjo em 1999 pôs um ponto final numa ditadura militar que durou 15 anos. Mas o país continua a ser hoje um dos mais pobres e palco de incidentes por questões religiosas e étnicas.

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