Braço armado da Fatah reivindica atentado em Hadera (actualização)
Um interlocutor anónimo, falando em nome das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, afirmou, num telefonema feito para a redacção da AFP, que o ataque foi levado a cabo por um dos membros do grupo, identificado como Abdelsalam Hassuna, de 24 anos, natural da aldeia de Beit Imrin, nos arredores de Nablus."Reivindicamos a operação de Hadera que foi realizada para vingar o assassinato por Israel do nosso líder em Tulkarm, Mohammad Raad Al-Karmi", afirmou o interlocutor, numa referência ao líder local do braço armado da Fatah, morto segunda-feira numa explosão atribuída a Israel.
Ao princípio da noite de hoje um palestiniano armado entrou numa salão da cidade de Hadera, onde decorria uma festa de "bar-mitsvah" (uma celebração que marca a passagem para a idade adulta na religião judaica), disparando várias rajadas de arma automática M16 contra a assistência, bem como duas granadas de mão.
De acordo com o último balanço, seis pessoas foram mortas e outras 34 ficaram feridas, quatro delas em estado grave. O atacante acabaria por ser morto por elementos da polícia. De acordo com o porta-voz da polícia local, o homem transportava um cinto de explosivos, o qual não chegou a activar.
O atentado desta noite, ocorreu perto de um local que em Outubro do ano passado foi palco de outro ataque palestiniano que provocou a morte a quatro isralitas, bem como aos dois autores do atentado.
Este atentado é o primeiro contra civis em Israel desde o apelo do líder da Autoridade Palestiniana, Yasser Arafat, para o fim dos ataques contra alvos israelitas.
Entretanto, um porta-voz do Governo israelita veio já a público responsabilizar o Arafat e a Autoridade Palestiniana pelo atentado, adiantando que a acção veio "criar uma nova situação".
"Consideramos que Arafat e a Autoridade Palestiniana são responsáveis, uma vez que pedimos, apelamos, exigimos e intimámos Arafat a fazer alguma coisa contra as organizações terroristas, de actuar contra as suas infraestruturas a fim de desmantelar os meios que lhes permitem levar a cabo acções deste género", afirmou Aryeh Meckel.