Etiópia exige a Roma regresso rápido de obelisco de Axoum

A Etiópia exigiu, mais uma vez, ao Governo italiano o regresso rápido do célebre obelisco de Axoum, levado em 1937 pelo Exército do ditador fascista Benito Mussolini, informou o chefe da diplomacia da Etiópia, Seyoum Mesfin.

Segundo Seyoum, citado hoje pelo quotidiano governamental "Ethiopian Herald", o primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, escreveu uma "carta aberta" ao presidente do Conselho italiano, Silvio Berlusconi, exigindo o regresso rápido do tesouro etíope, actualmente na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Contudo, o jornal não menciona a data precisa da carta, nem o seu conteúdo exacto, segundo a AFP.O obelisco deveria ter sido restituído pelo Governo italiano 18 meses depois da assinatura de um acordo entre a Itália e as Nações Unidas, a 15 de Setembro de 1947. Também um acordo bilateral de 1997 previa a sua devolução.
"Foi realizado um estudo para permitir aos peritos etíopes e italianos desmantelar e reinstalar o obelisco", informou o ministro etíope, acrescentando que o regresso do monumento em granito foi retardado devido à tomada do novo Governo em Itália, no momento da escolha da sociedade que ficaria responsável pelo seu retorno ao país.
O obelisco, com 24 metros de altura e um peso de 160 toneladas, deverá ser desmantelado e depois transportado por avião até ao aeroporto de Axoum, no norte da Etiópia.

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