O Alto Douro Vinhateiro foi hoje elevado a Património Mundial, tornando-se assim a 12ª zona do país classificada pela UNESCO. Bianchi de Aguiar, o coordenador do projecto de candidatura, ficou satisfeito com a decisão anunciada em Helsínquia, na Finlândia e considerou que esta classificação é uma homenagem ao homem do Douro, que durante séculos ergueu quilómetros de vinhas e terraços.
A região classificada do Douro engloba áreas dos municípios de Mesão Frio, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Alijó, Sabrosa, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Lamego, Armamar, Tabuaço, S. João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Coa.A elevação ao estatuto a Património Mundial implica para o Douro a implosão de edifícios degradados, novas regras urbanísticas e a requalificação de construções industriais, noticia a Lusa.
Para Bianchi de Aguiar, que coordenou o projecto de candidatura, além de ser a mais antiga Região Demarcada do mundo, o Douro é também uma terra de contrastes, "onde se mistura a riqueza das vinhas, o subdesenvolvimento, a beleza da paisagem e a falta de regras urbanísticas".
Objecto de implosão deverá ser, segundo a mesma fonte, a antiga fábrica Milnorte, situada junto à Barragem de Bagúste. A necessitar de requalificação, está a Escola EB 2-3 do Pinhão. O projecto de candidatura definiu à partida um conjunto de medidas ao nível do ordenamento e gestão do território, qualificação e valorização ambiental dos povoados.
Na sequência da classificação, vai ser criada a Associação Promotora do Alto Douro Vinhateiro, que juntará todas as entidades, públicas e privadas, envolvidas na recuperação e preservação da região.
Em 2003, será necessário prestar contas à UNESCO sobre o trabalho desenvolvido, com a apresentação de um relatório para averiguar se foram cumpridas as condições impostas, no âmbito da classificação.
