Primeiro-ministro inaugura A15 com homenagem a trabalhadores acidentados

António Guterres inaugurou, ao princípio da manhã, a abertura ao tráfego da auto-estrada 15 (A15), com um minuto de silêncio e uma lápide de homenagem aos oito trabalhadores acidentados durante a construção da via. A nova rede, que é constituída pela A15 e pela A8, que ainda não está acabada, terá uma extensão total de 180 quilómetros, informa a Lusa.

O primeiro-ministro vai inaugurar os 36 quilómetros da A15 que passam a ligar Santarém às Caldas da Rainha, mas também os cerca de 43 quilómetros da A8 que, a partir de hoje, ligam as Caldas da Rainha à Marinha Grande, ficando a faltar 4,5 quilómetros para a ligação a Leiria, cuja inauguração está prevista para Março de 2002.A rede de auto-estradas do Oeste abriu ao tráfego nove dias depois do prazo limite estabelecido no contrato de concessão da Auto-Estradas do Atlântico (AEA). Contudo, do Gabinete de Comunicação da AEA foi explicado ao PUBLICO.PT que o "atraso decorreu das fortes chuvas que caíram durante uma parte do ano, que ao contrário do que é usual duraram nove meses". "Face às circunstâncias e condições climatéricas acreditamos que não venha a existir coimas ou qualquer penalização", disse a mesma fonte.
No total, a Auto-Estradas do Atlântico, que congrega nove empresas de construção, ficará com uma concessão de 171 quilómetros, a vigorar até Dezembro de 2028.
Os 85 novos quilómetros da rede de auto-estradas do Oeste (que teve um orçamento inicial previsto de 75 milhões de contos), custaram 83 milhões de contos (44,8 milhões de euros) - sendo o investimento total 160 milhões de contos (798 milhões de euros).
A obra foi lançado pelo então ministro do Equipamento, Jorge Coelho, que foi confrontado com o descontentamento dos autarcas das Caldas da Rainha, que contestavam o facto da A15, neste troço coincidente com o Itinerário Principal 6 (IP6), ser uma via com pagamento de portagem, quando, no seu entender, a estrada nacional 114 não podia ser considerada uma alternativa.
Num cenário de contestação, o executivo foi obrigado a garantir maiores investimentos nas estradas da região e a ausência de portagens na A8 até que houvesse alternativas gratuitas.
As novas auto-estradas, para além de melhorarem as acessibilidades, vão empregar 500 trabalhadores da região.

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